De Alegre para o front-end: como Leonardo Alporges construiu sua carreira na área de TI

Publicado em 12/08/2025.
Texto: Marianne Alves.

A trajetória de Leonardo Alporges Martins é marcada por curiosidade, persistência e autonomia. Natural do Espírito Santo, ele iniciou o curso de Sistemas de Informação na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), campus de Alegre, em 2018. Desde então, vem construindo uma carreira sólida como desenvolvedor, com destaque para sua atuação atual como desenvolvedor sênior na RD Saúde, grupo responsável pelas redes de farmácias Drogasil e Droga Raia. 

Leonardo sempre teve afinidade com eletrônica e uma grande paixão por computadores — especialmente jogos, programas e tudo que envolvesse tecnologia. Escolher Sistemas de Informação foi, portanto, uma decisão natural. “Sempre gostei de desmontar, entender e mexer em tudo que envolvia tecnologia. Não via outra área onde eu pudesse unir isso com uma carreira de verdade”, conta. 

Escolha pela UFES e os primeiros desafios 
Ao optar pela UFES, Leonardo buscava mais do que uma graduação: queria o peso e o reconhecimento de um diploma federal. “Sabia que, sendo uma universidade pública e respeitada, teria mais oportunidades no mercado”, afirma. O campus de Alegre, por ser no interior, também oferecia um ambiente mais acolhedor e acessível. 

Entre os momentos mais marcantes da graduação, destaca um feito pessoal: conquistar seu primeiro estágio, em meio a uma seleção acirrada com mais de 80 concorrentes — incluindo estudantes de períodos avançados e com CR elevado. “Ganhar aquela vaga foi o que abriu as portas para tudo que veio depois. Desde 2019, nunca mais parei de trabalhar”, relembra. 

Empreendedorismo acadêmico e projetos reais 
Durante a graduação, Leonardo se envolveu em diversas iniciativas práticas que moldaram sua carreira. Participou da empresa júnior Click Jr. e foi bolsista de dois projetos de pesquisa — Hommy e PPSUS, ambos sob orientação do professor Giuliano. 

“Na Click Jr., aprendi frameworks que não estão na grade curricular e que até hoje uso no mercado de trabalho. Já nos projetos com o professor Giuliano, tive a chance de desenvolver aplicações completas, desde o planejamento até a publicação nas lojas”, destaca. Um dos projetos, o PPSUS, teve impacto direto no SUS e resultou inclusive na concessão de uma patente de software

Essas experiências foram fundamentais para que ele se destacasse em processos seletivos e conquistasse uma posição sólida no mercado ainda durante a graduação. 

Dificuldades, apoio e superação 
Nem tudo foi fácil. Leonardo enfrentou dificuldades, especialmente em disciplinas ligadas à matemática — chegando a repetir a mesma matéria quatro vezes. “Pensei em desistir, mas segui firme. Já tinha investido muito tempo e esforço, e não queria jogar isso fora. Também havia o peso do investimento dos meus pais e o apoio essencial da minha noiva, que na época também cursava Zootecnia em Alegre”, relata.

Optou por não preocupar a família com as dificuldades acadêmicas, buscando apoio em colegas, amigos e no professor Giuliano — pessoas que estavam mais próximas da sua realidade e entendiam os desafios do curso. 

Mercado, especialização e estilo de vida 
Atualmente, Leonardo trabalha com desenvolvimento front-end e faz questão de destacar que, apesar dos estereótipos comuns na área, seu trabalho exige alto nível técnico e entrega. “Muita gente acha que front-end é só fazer telinha. Já ouvi isso até de professor, mas eu levo na esportiva. Não estou aqui pra agradar ninguém — meu foco são as máquinas e os resultados”, afirma com bom humor.

Trabalhando de forma remota, com horários flexíveis e liberdade de organização, ele se sente realizado. “Salário é um fator importante, claro. Mas não trocaria o que faço hoje por um salário dobrado se fosse para voltar ao trânsito, lidar com gente difícil ou abrir mão da minha autonomia. O que tenho hoje é o emprego dos sonhos.” 

Visão crítica e conselhos para os novos estudantes 
Leonardo reconhece que a UFES ofereceu uma base importante para sua formação, mas acredita que a grade curricular precisa de atualizações. “Se eu não tivesse corrido atrás de projetos de extensão e da empresa júnior, teria ficado para trás. A faculdade te dá a base, mas o mercado exige muito mais. É preciso buscar as tecnologias atuais por conta própria.” 

Essa é justamente a dica que ele deixa para quem está estudando hoje no campus de Alegre: 
“Estude por fora. A UFES é só a base. O mercado quer quem domina tecnologia atual — se você esperar que tudo venha da grade curricular, vai ficar para trás.” 

Planos e conexões 
Nos últimos cinco anos, Leonardo já conquistou muitas das suas metas: comprou apartamento, carro e ficou noivo. Agora, planeja casar, conhecer novos países e aumentar a família. “O gene inteligente precisa ser espalhado pelo mundo”, brinca. 

Mantém contato com colegas da graduação e com o professor Giuliano, que foi uma referência importante em sua formação. Com segurança, leveza e um olhar prático sobre o futuro, Leonardo mostra que é possível alcançar o sucesso profissional com autenticidade — sem abrir mão de quem se é e do estilo de vida que se deseja construir.

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